sábado, 2 de fevereiro de 2013

Conheça os homens que usam saia e salto alto e juram que gostam de mulher.

 

Se a sua calcinha sumiu, sua frente-única apareceu no cesto de roupa suja e sua maquiagem não dura nada, não vá logo culpando a sua filha ou a empregada. O sócio talvez seja o seu marido. Por aí, tem muito homem que de dia, de terno e gravata, é João. E, à noite, sobe no salto só para virar Maria.

Se isso a tranquiliza, o marido em questão pode continuar gostando - e muito - de mulher. Talvez ele seja apenas um crossdresser, um homem que sofre compulsão por vestir-se como uma garota. Como já cantava Pepeu Gomes, eles juram que ser um homem feminino não fere o lado masculino.


– Às vezes começa com a calcinha, depois a sandália. Quando você vê, é um crossdresser. Tenho esse lado feminino e vivo esse momento como mulher - diz Patrícia Din, de 54 anos, um empresário que, no dia-a-dia, esconde as unhas pintadas dentro de sapatos fechados, mas é louco por sandália de salto.


O verdadeiro nome ele não revela em hipótese alguma. Patrícia foi “casado" duas vezes. O primeiro casamento durou 21 anos. O segundo, dois.
– Agora, estou solteiro. O que cair na rede é peixe – diz, alertando que esse peixe tem que ser sereia. Porque ele é macho, sim senhor!

Presidente do Brazilian Crossdresser Club (BCC), Kelly Silva Neta, de 52 anos, garante que o "clube da Luluzinha", de vez em quando, tem cerca de 400 filiados. Segundo ele, a maioria é heterossexual. Outros são bissexuais. Os homossexuais são minoria. A associação quer acabar com o preconceito. Mas também trabalha pelo direito ao cabelão, sutiã com enchimento e minissaia para todos.

– Fazemos um trabalho social. Muitos não sabem onde comprar peruca, maquiagem, roupa, e nem onde se montar. A regra é se esconder – diz Kelly.

É por isso que a associação mantém um apartamento no Largo do Arouche. É lá que executivos bem-sucedidos e pais de família guardam seu lado feminino dentro do armário. São 13 guarda-roupas, trancados com cadeados e identificados com etiquetas, que os transformam de "sapos" (quando estão vestido de homens) em "princesas".

– Não adianta querer entender. Eu sou feliz assim – afirma Kelly, que faz sucesso com as mulheres em suas duas versões.

Advogado ensinou a filha a andar de salto

Ele é advogado, casado com uma ex-modelo, pai de uma filha de 15 anos e muito "gostosa". Aos 46 anos, o crossdresser não mede esforço para ficar cada vez mais feminina. E tem o apoio das duas mulheres da sua vida. A universitária de 28 anos, com quem vive há dois anos e meio, não liga que ele saia de casa para ir ao apartamento comprado só para poder ser Márcia.

Ela também não faz restrições aos hormônios que lhe dão seios. Nem liga que o advogado, de vez em quando, saia com outros homens.

– Mas ela morre de ciúme de mulher – explica Márcia, que fez depilação a laser em todo o corpo e lipoescultura.

Até a filha de 15 anos convive bem com as novas formas do pai. Os dois vão juntos à praia de biquíni. E, como uma amiga mais velha, ela ensinou a adolescente a andar de salto e a se maquiar.

– Fiz curso de maquiagem – explica ele, que no apartamento de Márcia mantém uma cômoda lotada de batons, bases e outros produtos de beleza, todos importados e selecionados a dedo para causar.

Márcia é uma "mulher" extremamente vaidosa. Tem bom gosto para sapato, bolsas e roupas.

– De vez em quando minha mulher vem aqui pegar umas – diz, sem deixar de esconder o ciúme de suas coisas.

O advogado, no entanto, é um homem desleixado. Ao tirar a roupa de mulher, se enfia numa calça jeans surrada, uma jaqueta de couro e amarra o cabelo sem nenhum cuidado. Os gestos delicados ficam brutos. A exuberância feminina se torna uma versão masculina tímida. E ele pergunta:

– Sou mais bonita de Márcia ou assim?

Para uns, basta a calcinha


Se os crossdressers dizem que gostam de mulher, qual é a graça de parecer uma? De acordo com a psicanalista Eliane Chermann Kogut, eles se excitam com a própria figura feminina.

– O objeto do amor não é o outro. É a mulher que ele se torna – explica Eliane, cuja tese de doutorado em psicologia clínica pela PUC-SP trata do comportamento crossdressing.

Segundo ela, existem diversos níveis da prática. Desde aquele que curte usar a calcinha da mulher na hora do sexo até homens como Patrícia, Kelly e Márcia, que precisam se vestir de mulher às vezes para dar uma volta na rua.

– É uma compulsão. Não é que eles querem se vestir de mulher. É uma necessidade. A ansiedade atinge níveis altíssimos – explica a psicanalista, dizendo que, embora não haja pesquisas conclusivas, estima-se que essa compulsão de se vestir como o sexo oposto atinja de 0,5 a 3% da população mundial.

Em geral, os crossdressers demonstram vontade de se montar a partir dos quatro anos.

– Comecei usando roupa da minha mãe e calcinha da minha irmã – diz Thais, um técnico de informática de 33 anos.

– Por muito tempo achei que fosse gay, mas só de pensar em homem eu tinha asco –afirma ela, que está noivo e vai se casar em breve na igreja.

Pode parecer, mas crossdresser e travesti não são iguais.

– O travesti se monta o dia inteiro. O crossdresser, só por um período. A maioria não quer abdicar da vida masculina – diz.  

crédito:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2009/06/conheca-os-homens-que-usam-saia-e-salto-alto-e-juram-que-gostam-de-mulher-2532886.html

Homens de Saia

Homens de Saia


Hoje em dia ver um homem de saia pode ser exótico, mas a saia sempre foi parte do vestuário masculino. Os homens ocidentais abandonaram completamente as saias há pouco mais de dois séculos. Atualmente 3/4 dos homens do mundo ainda usam saias, a grande maioria deles mora no oriente. Outro fato histórico interessante é que as mulheres usam calças há pouco mais de 100 anos, com o surgimento das primeiras feministas e da necessidade da mulher entrar no mercado de trabalho, na época, uma mulher de calças chocava a sociedade.
Os homens usam saias desde tempos imemoriais, há mais de 3.000 anos os sumérios já usavam um tecido para cobrir as partes baixas; os antigos gregos usavam a toga e seus gladiadores usavam saias; para um Romano as calças eram um insulto, pois ocultavam suas pernas musculosas que eram consideradas os pilares da força e da virilidade; os antigos egípcios usavam uma saia semelhante ao sarongue, presa com amarrações. A saia era uma peça do vestuário que não delimitava território masculino ou feminino.

Durante muito tempo homens e mulheres se enrolaram em túnicas e ainda hoje podemos testemunhar no oriente a utilização desta vestimenta nos países do sudeste asiático onde temos o sarongue, o dhoti, o lungi e os pareôs na Polinésia. No oriente médio há o caftan e nos países africanos o djelabas é vestimenta tradicional. No Japão há o hakama e o próprio Jesus em sua época provavelmente usou saias pois em seu tempo, o que dividia os gêneros era o decote: as mulheres cobriam os seios.
É possivel hoje, imaginar líderes eclesiásticos sem suas saias? Até mesmo o Papa e os mulás as usam. Na Escócia, o kilt indicava através da cor de sua padronagem xadrez, o clã (família) que a pessoa fazia parte. O kilt é uma criação  celta, povo antecessor dos escoceses, assim como dos irlandeses, que também os usam. Hoje, o kilt é considerado uma vestimenta folclórica. Na idade média os anglo-saxões e os normandos também usavam saias, assim como na época da Renascença e até mesmo alguns homens na era Barroca e Rococó.
Foi a evolução da alfaiataria, a partir do século XIV, que impulsionou a especialização das vestimentas. No século XV, a túnica do homem foi ficando mais curta e apertada, enquanto aumentava o número de homens usando uma espécie de meia-calça. Uma maior renúncia masculina à saia começou no século XVII, que reduziu a variedade de modelos de roupas disponíveis para os homens. Mas foi no início da Era Vitoriana que praticamento o homem perdeu o direito de usar saias e passou a usar apenas calças.
E é essa mentalidade que carregamos até hoje. Porque não aceitamos que os homens não podem usar as duas peças (calças e saias) e a mulher pode? Históricamente as saias pertencem à ambos os sexos. Só as  calças são uma questão de gênero (masc/fem).

Ajuda aí, gente. Vamos voltar ao que éramos antes. Vamos recorrer e recuperar o que era nosso e as mulheres nos tomaram.

Desde os anos 60, época da contra-cultura, vários estilistas tentaram reintroduzir a saia masculina na moda, pegando emprestado idéias de culturas e eras diversas, alguns designers reinventaram a saia para homem. Em 1980, algumas celebridades e estilistas como Jean-Paul Gaultier, Giorgio Armani, John Galliano, Kenzo, Rei  Kawakubo, Marc Jacobs e Yohji Yamamoto tentaram promover a idéia de homens usando saias, sem a intenção depopularizá-la. E desde meados da década de 90 várias empresas foram criadas para vender saias projetadas exclusivamente para os homens.
Na França atual, há uma associação chamada "Hommes en Jupe" (Homens de Saia), fundada em junho de 2007. Moreau, Presidente da associação,  diz que os homens querem o direito de voltar à usar saias na França, já que a peça de vestuário tem um signo, símbolo e significado na cultura. 
Reinvindicamos o uso de saia pelos homens em um estilo masculino e não andrógino. As mulheres provaram que podem usar calças compridas, nós queremos provar que um homem pode continuar sendo homem, de saia". "Não somos animais de circo nem exibicionistas e nosso movimento não tem nada de folclórico. Os homens têm o direito de lutar para usar saias, assim como as mulheres lutaram no passado para vestir calças compridas."
Eles reivindicam o “direito de dispor plenamente do próprio corpo... afinal as saias são mais confortáveis, mais amplas, não restringem as partes íntimas, e por isso são mais adequadas à fisionomia masculina". A idéia não é converter todos os homens a usarem saia, mas dar o direito de cada um vestir o que quer. O uso desse traje por homens ainda é uma idéia que faz as pessoas rirem, olharem torto ou com ironia. Os associados da "Hommes en Jupe" consideram a saia confortável e não querem passar o resto da vida limitados ao uso de calças alegando que a moda masculina hoje é "pobre" e sem imaginação. Por enquanto, as saias não abrangem o vestuário em situações profissionais. Nenhum dos membros dessa associação utiliza saias para ir ao trabalho. "Ainda estamos muito longe do momento em que os homens poderiam vestir saias no trabalho. Não há como fazer isso hoje". "Esse é um dos grandes problemas enfrentados por membros da associação. Muitas vezes é difícil que a própria família aceite isso. E o fato de usarmos saias pode ser utilizado contra nós na justiça em processos de divórcio e guarda dos filhos".
Não é curioso nos dias de hoje, o homem não ter a liberdade de vestir o que quiser e ser julgado por isso? É o machismo se virando contra os próprios homens. Acho que as mulheres há tempos estão acostumadas a serem julgadas pelas vestimentas. As mulheres durante os últimos dois séculos se tornaram mais agressivas usando peças do guarda roupas maculino (calças, camisas) em busca de um estilo que as desse poder equiparativo aos homens. E os homens mantiveram-se conservadores e imutáveis em suas vestimentas por dois séculos, o que explica a "pobreza" na variedade de roupas masculinas atualmente.
Na Suécia, de uns tempos para cá, os operários da construção civil usam saias  azuis em jeans até os joelhos com grandes bolsos exteriores para as ferramentas e um bolso interno para objetos pessoais. Esta saia para homens recebeu um prêmio de Moda e está sendo lançada pela Blåkläder, uma empresa que desde 1959 fabrica uniformes para várias profissões (foto ao lado).  
Em 2002, uma exposição intitulada "Bravehearts: Men In Skirts", no Victoria and Albert Museum em Londres, focou na reação que as pessoas têm diante de um homem comum usando saia em lugares públicos e as reações provocadas por esse ato. Muitos riam, outros manifestavam agressividade através do preconceito e críticas moralistas, julgando tal atitude como exibicionista. A idéia da exposição foi o de explorar o modo  como diferentes grupos e indivíduos (de estrelas da música à designers de moda), têm promovido a ideia de homens vestindo saias como "o futuro da moda masculina", exibindo saias em manequins, como se estivessem na vitrine de uma loja de departamentos. A exposição salientava que os designers de moda masculina e os usuários de saia empregam seu uso com três finalidades: de transgredir códigos morais convencionais e sociais, redefinir o ideal de masculinidade e para injetar novidade na moda masculina. A exposição também associou o uso de saias masculinas em movimentos de juventude e movimentos subculturais anárquicos, como punk, grunge, gótico e glam rock. Na exposição o visitante também pôde ver saias usadas por Kurt Cobain e criações de diversos estilistas como Vivienne Westwood e Paul Smith.
A novidade agora é que desde 2009 há uma certa tendência na moda mundial de tentar fazer os homens ocidentais voltarem a usar saias, através do trabalho dos designers contemporâneos. "A roupa masculina deveria se inspirar na roupa feminina e não somente o inverso”, revelou a estilista da grife Prada. A tendência dos homens usarem saias ou kilts, a tradicional saia masculina escocesa, está aumentando. O estilista Rifat Ozbek acha que os homens têm medo de que a saia vá alterar sua sexualidade: "Os homens só aceitam usar saia se ela for revestida de um peso histórico, como a saia escocesa ou ainda se for uma peça assinada por um estilista famoso, pois isto não vai fazer com que um homem se sinta menos homem", opina. 
Recentemente empresa Utilikilts, localizada em Seattle, EUA, afirmou que vende mais de 12.000 saias masculinas por ano. E suas saias se tornaram uma visão comum na cidade, especialmente em eventos culturais alternativos. Sendo as saias usadas com botas ou coturnos pretos. Ele diz: "Eu realmente vejo mais pessoas vestindo kilts em Seattle que eu fiz quando eu vivia na Escócia".
A saia está sendo usada como uma forma de mostrar que um homem pode estar na moda. Com exceção da saia escocesa, o kilt, os homens continuam muito receosos na hora de vestir qualquer tipo de saia. O kilt, na altura do joelho é um saiote masculino, pregueado na parte de trás, cujo comprimento vai da cintura aos joelhos. O que o define como kilt (o tecido é chamado tartan) é a forma como foi confeccionado: de acordo com as cores utilizadas e o padrão que formam, representam as famílias (ou clãs) escocesas. Os kilts irlandeses, são de cores sólidas: preto, azul-marinho, verde, vermelho, laranja, marrom...
Encontrar saias masculinas em lojas alternativas é bem comum, até mesmo no Brasil. Embora muitas delas chamem as saias masculinas de kilt, só é kilt as saias com as características citadas acima, se não forem assim, não são kilts, são simplesmente "saias masculinas" mesmo.
Algumas saias ao estilo Kilt:
Muitos estilistas tem apresentado saias em seus desfiles masculinos: Jean Paul Gaultier, Alexandre Herchcovitch, Vivienne Westwood, Agnès B., John Galliano, Etro, Comme des Garcons, Yves Saint Laurent, Alexander McQueen, Rick Owens. Dentre todos estes estilistas, Marc Jacobs (ao lado), é o único que usa saia com frequencia no seu dia a dia.
O que você acha? O homem também tem direito de usar saia?  Por que neste momento histórico o retorno à saia pode ser importante na moda masculina?  Quem são os homens que querem usar saia e porquê?   



Desfiles Rick Ownes e outros...



 





Dicas aos homens que querem usar saias: 
As saias masculinas podem ser longas ou curtas (abaixo dos joelhos). Cores discretas, como cinza, marrom, preto ou caqui. Na parte de cima, camisetas ou camisas sociais. No inverno: camisas fechadas, golas altas, blusas de lã, cacharrel, que podem ser complementadas com blazer ou paletó. Nas pernas  use leggings pretas e se tiver coragem: meias calças fio 80 ou fios acima de 100. Há uma empresa francesa, a Gerbe e uma alemã, a Collanto, que são especializadas em meias calças para homens (a Europa, por ter um inverno rigoroso, é comum o uso de meias calças masculinas), no Brasil, ainda não conheço nenhuma marca específica de meias calças para homens. Nos pés use: no verão: tênis, sandálias semi-abertas ou mesmo chinelos. No inverno, botas de cano curto ou longo.


crédito do assunto: 
http://modadesubculturas.blogspot.com.br/2010/09/homens-de-saia.html
Para não dizer que eu copiei e não citei a fonte.

Perguntinha enviada para a Super Interessante

Geenteeee!!!! A minha pergunta está na internet


http://super.abril.com.br/cotidiano/homens-saia-estigma-eterno-gente-686274.shtml

Esta pergunta fiz para a revista Super Interessante, e ela foi premiada como as 50 melhores perguntas feita para o Oráculo, de toda a história da revista.

Ai, ai...socorro...

Ser ou não ser...parece meio difícil responder a estas questões, simplesmente o medo de saber o que poderá acontecer, é simplesmente avassalador.
Não se sabe se quer ou não quer. O gosto do prazer é bom, mas o medo...pode causar dependência...

O cristão e a Saia. Bem-vindos!!!

Gente, parece anormal, mas a diferença entre usos e costumes nas igrejas evangélicas para mim, é insignificante.
Homens sempre tiveram a liberdade de escolher o que quiser. Assim foi, por milhares de anos...e assim será, se não fizermos uma mudança radical.
Para isto, chamo a atenção de todos neste blog.

Se você é homem, como eu...

Se você é cristão, com eu...

Use SAIA, para homems, mas use SAIA.